Moiras

  • Raça: Deusas ctônicas (Moiras)
  • Aspectos: Deusas do destino.
  • Cônjuge: Não possuem.
  • Filiação: Nix
  • Descendentes: Não possuem.
  • Aliados: Hécate; Nix; Jápeto; Têmis; Nêmesis; Minerva; Tânato; Hipnos; Saturno.
  • Plantas relaccionadas: Papoula; noz-moscada; vetiver; urze; madressilva; assa-fétida; cedro; manjericão; erva-doce; olíbano; benjoim; arruda; sândalo; cardo; cravo-da-índia; mirra; dente-de-leão; romã; verbena; gengibre; patchuli; cálamo; beladona; acônito.
  • Atributos e símbolos: Fuso, tear; fios.

"Alegre vá passando no seio das delícias e regalos. Mas ah! que não adverte que as três filhas da noite, as ímpias Parcas, girando os leves fusos, lhe acabam de fiar os curtos dias! Que a morte inexorável se chega ao rico leito em que descansa" – Correia Garção


Cloto, Láquesis e Átropos são as divindades conhecidas como "Moiras". São filhas diretas da Noite, que as concebeu por partenogênese. Também são conhecidas em latim como "Parcas" Elas são as Deusas do Destino, tanto dos mortais quanto dos imortais. Elas formam o poder que Nix possui sobre o Destino do Universo.
Cloto é responsável por tecer o fio da vida. Láquesis puxa e enrola o fio. Átropos corta o fio. Como podes observar, é algo muito simbólico, é todo o ciclo espiritual de nascimento, auge e morte. As moiras, simbolicamente, portam o fio da vida de todo indivíduo. A trindade é a principal característica de uma divindade do destino, não só na religião helênica, mas também em diversas religiões.
O fio simboliza toda a história da nossa vida, o que vivemos e o que ainda vamos vivenciar. É a nossa linha do tempo, que só as Moiras (Destino) decidem como deve tecê-la e quando devem cortá-la.

O destino é predestinado, mas também nos dá opções em todo caminho. Não sabemos se ganharemos ou não tal emprego, porém podemos livremente escolher se faremos a entrevista de arrumados ou desleixados. Nossas escolhas nos ajudam a forjar nosso fio da vida, e o papel do Destino é determinar nossas oportunidades, observando nosso carácter e virtude.
Lembrem-se disso: Às vezes, coisas ruins acontecem para que depois venham coisas melhores do que seriam. Devemos ter ciência e respeito do destino.

Segundo os mitos, as Moiras criaram Têmis, filha de Gaia, e Nêmesis, filha de Nix, e lhas educaram, fazendo com que elas se tornem Deusas sabedoras do destino. E assim, Têmis se tornou Deusa da justiça misericordiosa, e Nêmesis Deusa da justiça julgadora, ambas responsáveis por manter a harmonia cósmica.
Os poderes das Moiras, e até da própria Nix, de controlar o destino de qualquer mortal e qualquer divindade é incomparável aos inferiores poderes de Zeus. O Deus as respeita e as teme, pois está ciente de seus poderes e conhecimentos.
Em Roma eram conhceidas como Parcas. As Moiras são representadas como três mulheres de aspecto sinistro, envoltas de mantos negros. Cloto segura um fuso no qual tece o fio, e Átropos segura uma tesoura na qual corta o fio. As Moiras residem no Submundo, o mundo espiritual, estando associadas aos espíritos e ao ciclo de ascensão, apogeu e declínio em que os espíritos são destinados.

Um comentário:

  1. Hino órfico as Moíres traduzido do espanhol.

    LIX. AS MOÍRES

    Incenso odoroso

    Moíres infinitas, amadas filhas da negra Nýx, escutem minha súplica, gloriosas, que habitais na laguna celeste, onde a água congelada, ao calor da noite, se desfaz no fundo escuro e imponente da cova de formosas pedras, de onde voais a imensa terra dos mortais. Desde ali, pois, vos encaminhais ao renomado gênero humano, de vã esperança, cobertas de purpúreas vestimentas na planície letal, onde a glória impulsiona o carro que abrange toda a terra mais além do limite da justiça e da esperança, das preocupações, da norma antiga e do infinito princípio que se rege por uma boa lei. Pois a Moíra é a única que vigia na vida, e nenhum outro ente imortal dos que ocupam os cumes do nevado Ólympos; e também o perfeito olhar de Zeús. Porque quanto nos acontece, tudo sabe inteiramente a Moíra e a mente de Zeús. Mas venham amáveis, suaves e complacentes, Átropos, Lákhesis e Klôthó de formosas faces; aéreas, invisíveis, constantes, para sempre inflexíveis, que tudo outorgais e quitais, por sua vez; imperiosa necessidade para os mortais. Escutem, pois, Moíres, minhas piedosas orações, recebam minhas libações e ajudem como liberadoras do mal para vossos iniciados com uma intenção benévola. [chegou ao seu fim o canto das Moíres que compôs Orpheús].


    Embora as Moíres sejam deusas do destino, o próprio destino possui outros nomes, Móros (destino), Khrónos (tempo) ou mesmo Aíôn (eternidade) o tempo eterno dos deuses.
    Sua consorte é a grande Moíra, chamada de Kér (fatalidade), Penía (pobreza), Anánkê (necessidade) a deusa do tempo necessário, tempo dos homens, os dois estão acima dos próprios deuses do Ólympos, as vezes considerados os pais das Moíres.

    ResponderExcluir